Um ostinato é uma ideia musical que se repete persistentemente durante uma composição ou parte dela. Nas mais diversas épocas e culturas, esse foi um recurso musical amplamente utilizado para construir estruturas sonoras, dos padrões polirrítmicos africanos à música de concerto contemporânea, da música antiga aos riffs do Blues e do Rock, até chegar aos loops que marcam a música eletrônica atual.
No projeto de encerramento do curso de Música do Fundamental II, mobilizamos os conteúdos trabalhados nos anos anteriores para compor experiências com a sobreposição de ostinatos, livremente inspirados em poemas. Usando aplicativos no computador e no celular, as composições brincam com a voz, com os sons do cotidiano, com instrumentos musicais, sons sintéticos e recortes de músicas conhecidas.
Para este ano de 2023, propusemos uma leitura de imagens produzidas pelos alunos e alunas, com fotografias, poemas e textos de livre escolha, além da escuta de ritmos típicos de outros países.  A partir desse material, de discussões sobre seus significados e uma reflexão sobre possibilidades de exploração musical, os estudantes reuniram suas escolhas num conjunto, em torno de suas escutas, um móbile de inspirações, elaborando e criando composições, usando principalmente a estrutura musical de ostinatos.
Nessa instalação vocês poderão apreciar os resultados desse processo criativo

O curso de Multimeios do 9º Ano tem como eixo o estudo da Linguagem Cinematográfica. Ao longo da disciplina os alunos estudaram diferentes facetas da produção desta linguagem, como edição e montagem, áudio, desenvolvimento de roteiros, fotografia, mise en scène, entre outros aspectos.
O trabalho aqui presente marca a finalização deste processo, em que os alunos tiveram que colocar em prática aquilo que foi estudado ao longo do ano e produzir um curta metragem. 

No ano de 2023, pudemos lançar um olhar mais atento para a Arte Contemporânea e para as novas formas de arte que surgem neste período. Instalação, intervenção, videoarte, performance e, mais amplamente, a ideia de arte urbana como alternativa aos circuitos oficiais de arte, por promover um contato mais direto da obra com o público. Esses foram alguns dos assuntos tratados em nossas aulas.
Ao longo do 2º semestre, os estudantes do 9º ano que optaram pelo curso de Artes Visuais tiveram a oportunidade de explorar outras experimentações estéticas. Desta vez, os próprios estudantes se tornaram os propositores e delinearam quais rumos os trabalhos tomariam. O principal requisito foi que os trabalhos procurassem, de alguma forma, dialogar com o espaço da escola.
Foi proposta uma série de projetos que expressa assuntos de naturezas diversas, elencados de acordo com suas percepções e temas de interesse para estudo e proposição, a ser investigada desde uma abordagem de pesquisa, levantamento de leituras e referências de artistas que trataram sobre o assunto, até a sua concepção estética, dialogando com o vasto campo das práticas artísticas contemporâneas.
Assim, lançaram foco sobre inquietações que se fazem urgentes no debate social, como o racismo presente no esporte, as reverberações que pautas feministas trazem para a arte, a importância da presença feminina no futebol, entre outros questionamentos.   Por meio destes projetos recordaram o quanto a arte ainda pode ter um papel crítico, de engajamento, que suscita reflexões sobre a sociedade e estabelece diálogo com o público.
Ainda em aulas prático-teóricas foram desafiados a versar em torno da forma e do conteúdo dos projetos a serem executados e perceberam o quanto estes dois conceitos podem estar entrelaçados e potencializam um ao outro para criar significações.
Por fim, realizaram mapas conceituais que traduzem o pensamento por trás do processo criativo e compartilharam com o público dessa exposição, numa espécie de mediação entre o trabalho e o espectador.
Seguimos neste último mês de aula ainda na proposta das intervenções pelo espaço da escola e, assim inspirados por alguns grafites da cidade de SP, pintaremos um dos muros da quadrinha.