Data: sábado, dia 11/11/2023
Horário: das 10h às 12h30
Participantes: alunos(as), educadores(as) e familiares do grupo

Esse encontro constitui um importante momento de apresentações, exposições e socializações de produtos e sínteses finais dos trabalhos dos alunos e das alunas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, relativos à aprendizagem em diferentes áreas.

O conjunto de contos populares de uma sociedade traz consigo importantes conhecimentos, se configurando como espécies de documentos a respeito dos costumes e dos valores morais de um agrupamento humano. Além do ensinamento que cada conto promove com sua história, a linguagem familiar e acessível possibilita a inserção das crianças no mundo da leitura de maneira lúdica e prazerosa, incentivando a criatividade.

Os estudos deste semestre levaram a turma do 4º ano-Tarde à leitura de diferentes contos de diferentes culturas e, dessa forma, o grupo teve a oportunidade de aprender muito sobre as características desse gênero literário.

A produção escrita concentrou-se mais profundamente nos estudos dos Contos do Ciclo da Morte e dos Contos de Esperteza, apesar de também terem sido efetuadas leituras de outros tipos de contos populares. 

Na hora da produção autoral, cada criança reuniu tudo o que sabia sobre conto popular – desde a estrutura até as características do gênero – e construiu um portfólio com algumas recomendações de produção e um planejamento bem detalhado de seu conto. A partir do planejamento, as crianças criaram as suas histórias, um Conto de Enganar a Morte ou um Conto de Esperteza e, depois, fizeram seguidas revisões até chegarem às versões finais que integram a publicação do grupo. Além da criação desses textos, ilustraram as histórias e a capa com muito capricho. Por fim, definiram o título e a formatação do livro.

Ao se aprofundarem no estudo desse gênero narrativo, fortaleceu-se a percepção do valor da tradição oral no que diz respeito à transmissão do capital cultural de uma sociedade, aqui expresso através dos contos populares.

Marina Garrido Rodrigues

Professoras responsáveis: Daniela Lacerda e Lara Calazans 

Desde o primeiro trimestre, o grupo do 4º ano vem se dedicando a estudar o processo de formação do povo brasileiro. Partindo do princípio de que o Brasil é o país com a maior população preta fora do continente africano, estudaram de início antigos reinos de África como Mali, Gana e Songai. Foi possível reconhecer, assim, como o processo de escravização se deu a partir do interesse de países colonizadores em se aproveitar de saberes e conhecimentos já bem estruturados em outras civilizações, como o da mineração. O estudo se apoiou também na leitura do livro “Histórias do Tio Jimbo”, do Nei Lopes, e no aprofundamento dos contos ali apresentados.

A continuidade do estudo avançou para a compreensão de qual população veio a ser escravizada em terras brasileiras e que, em resistência ao processo de desumanização promovido pela escravização, formou diversos quilombos, espaços de preservação não só de suas vidas como também de suas línguas maternas e tradições culturais. A leitura do livro “Aqualtune”, de Ana Cristina Massa, foi parte importante deste processo, com o estudo coletivo sobre o funcionamento da estrutura de um quilombo e de como estes foram espaços fundamentais de resistência.

Em visita de estudo ao Museu Afro-Brasil, foi possível entrar em contato com produções históricas e artísticas que envolveram e concretizaram ainda mais os aprendizados. Foi possível observar um profundo envolvimento do grupo com a Exposição “Bará”, de Gustavo Nazareno, e com as vestimentas dos Orixás, apresentadas pela Mestra Dofona a partir do acervo fixo do museu.

Celebrando e reconhecendo a importância do maior quilombo que existiu na história da colonização do Brasil, a turma escolheu fazer uma releitura do Quilombo dos Palmares. Nela, reverenciam a existência de Zumbi dos Palmares e de Aqualtune e honram a remanescência da capoeira em nossa cultura, além de celebrar as religiões de matriz afro e o culto aos orixás, reconhecendo a potência desta sabedoria ancestral que permanece viva na cultura brasileira.

Professoras responsáveis: Daniela Lacerda e Lara Calazans 

A reprodução artesanal da imagem é o tema central do curso de Artes no 4º ano, e dessa forma as crianças exploram técnicas de stencils, máscaras, carimbos, gravura e impressão. 

Neste trabalho, o grupo entrou em contato com o Adinkra, um conjunto de símbolos do Povo Ashanti, atualmente localizado nos países Gana, Burkina Faso, Togo e Costa do Marfim, na África Ocidental. Adinkra “é um entre vários sistemas de escrita africanos, o que contraria a noção de que o conhecimento africano se resuma apenas à oralidade” (segundo o IPEAFRO). Eles são utilizados como ornamento na arquitetura e em objetos, mas principalmente na criação de tecidos usados por líderes em cerimônias importantes. Hoje em dia, os tecidos se tornaram populares, apesar de continuarem presentes em eventos tradicionais.

As peças expostas foram compostas em duas etapas: inicialmente pelo uso de fita crepe para delimitar as áreas de cores e aplicar as tintas formando padrões geométricos; e depois pelo uso de carimbos para estampar os símbolos. Dessa forma, cada criança compôs seu trabalho inspirada pelos conceitos, provérbios e palavras que figuram entre os significados do Adinkra.

Professores responsáveis: Tomás Decina e Mateus Torralba

No 2º trimestre, o curso de artes se dedica ao estudo da argila. Alunas e alunos do 2º ao 5º ano se envolvem em práticas de modelagem, estudando referências artísticas, explorando ferramentas e técnicas de manipulação do barro na construção de peças figurativas, abstratas e utilitárias. 

Ano após ano, este estudo tem se organizado em torno de diferentes recortes do vasto universo da cerâmica. Em 2021, abordou a cerâmica xakriabá (povo indígiena que habita a margem do rio São Francisco, no norte de Minas Gerais). Em 2022 buscou olhar para obras de artistas negras contemporâneas. Em 2023, propôs a apreciação da obra dos mestres ceramistas de Pernambuco, Mestre Vitalino e Mestre Galdino, referências da arte figurativa em cerâmica no Brasil. Seus temas e elementos estéticos guiaram as discussões e práticas em sala de aula, inspirando a criação das obras.

Professores responsáveis: Tomás Decina e Mateus Torralba

Data: segunda-feira, dia 13/11/2023
Horário: período de aula
Participantes: alunos(as) e educadores(as) de GI a 5º ano-Tarde

As atividades de socialização interna dos aprendizados e produções das crianças se caracterizam por encontros de troca de conhecimentos entre colegas de diferentes grupos/séries, um grande desafio nesse momento da escolaridade, que aos poucos deve prepará-las para encontros de socialização também com familiares e convidados(as).

Essas atividades partem do princípio de que temos o direito de conhecer com os outros e o dever de partilhar nossos conhecimentos.

As crianças se preparam para apresentar aos e às colegas de outros grupos/séries o percurso de um estudo realizado, mostrar suas produções e avaliar seu aprendizado. Nesse processo, se conscientizam do que aprenderam, de como aprenderam e da finalidade do que aprenderam.

Durante os encontros, é importante que os grupos se preocupem com o aprendizado dos(as) ouvintes, sendo ao mesmo tempo de extremo valor que as outras crianças participem como ouvintes interessadas, contribuindo com perguntas e comentários essenciais para o aprendizado comum.

Os encontros ocorrerão no ginásio, diante dos trabalhos expostos, em subgrupos que integrarão as crianças de GI a 5º ano no período regular de aula. 

Data: sexta-feira, dia 08/12/2023
Horário: das 16h30 às 18h
Participantes: alunos(as), educadores(as) e familiares dos grupos de 3º a 5º ano-Tarde

A Roda de Capoeira é um momento de reunião e confraternização em torno de rituais como o cumprimento, a ginga, os passos típicos, a complementaridade entre os jogadores, o movimento, o ritmo e a música. Ela já é uma tradição para muitas de nossas crianças, faz parte da nossa história e compõe nossa identidade.

Este encontro costuma contar com a participação de ex-alunos(as) e convidados(as) para compor a roda, tocando e cantando.

Professora e professor responsáveis: Suelena Francisca da Silva (Dofona) e Alcides Santos de Jesus (Bui)

Data: quarta-feira, dia 13/12/2023
Horário: das 11h às 12h
Participantes: alunos(as), educadores(as) e familiares dos grupos de 4º e 5º ano-Manhã e Tarde

As apresentações de música têm como objetivo principal propiciar experiências de escuta e prática musical que, de certa forma, constroem processos e ciclos de aprendizagem. Ao vivenciar essa prática e a produção do repertório estudado ao longo do ano, os alunos e as alunas demonstram, em seu desenvolvimento, a qualidade do aproveitamento alcançado ao aplicar efetivamente os elementos da linguagem musical que foram trabalhados em sala de aula:

• Duração: pulso e divisão rítmica
• Altura: o desenho do som – grave, agudo, afinação
• Intensidade: interpretação, dinâmica
• Timbre: qualidade e personalidade do som
• Expressividade e Autonomia

A situação de preparação/criação, ensaio e apresentação ou concerto possibilita também o aperfeiçoamento da performance e contribui para a avaliação, por parte das professoras, e para a autoavaliação da criança diante de suas conquistas.

As apresentações serão constituídas por recortes de aulas, para mostrar a dinâmica de como se dá o processo de construção dos repertórios. Para algumas séries, serão apresentadas pequenas canções da infância, adaptações de jogos rítmicos musicais tradicionais, canções da cultura popular de raiz e regionais, música de matriz africana e músicas do chamado cancioneiro popular brasileiro.

Professoras responsáveis: Rosana Araújo e Flora Poppovic