EM – 1ª a 3ª Série – Isolamento e Pandemia – Horizontes possíveis: O que se transformou? O que deverá permanecer?

 

COLÉGIO EQUIPE

PROJETO INTERDISCIPLINAR INTERSÉRIES

ENSINO MÉDIO – JUNHO 2020

ISOLAMENTO E PANDEMIA – HORIZONTES POSSÍVEIS:

O QUE SE TRANSFORMOU? O QUE DEVE PERMANECER?

 

Caros alunos e caras alunas,

Para terminar este atípico semestre a distância, um grupo de professores conduzirá um trabalho de pesquisa a partir de vários temas, com o propósito de vocês escolherem e se aprofundarem em um com o qual se identifiquem. A ideia é propor uma forma de estudo que se apoie em conceitos e conteúdos das disciplinas, mas extrapole para além delas e se relacione com a estranha realidade de isolamento e pandemia que estamos vivendo.

Também achamos importante que vocês façam esse estudo em grupos interséries, de modo que possam interagir com colegas com os quais não têm tanto contato. Todo grupo terá orientação de um professor, conforme o tema escolhido.

Ao final do estudo, todos os alunos irão apresentar o que pesquisaram e conclusões às quais chegaram. A forma de apresentação não precisa ser necessariamente uma exposição oral. Cada grupo terá liberdade de criar vídeos, músicas, poemas, narrativas, paródias, podcasts e o que mais a criatividade de vocês imaginar.

A avaliação desse trabalho será considerada em todas as disciplinas que participam deste projeto e irá compor a média semestral, com outros conceitos específicos já obtidos nessas disciplinas até o momento.

Esperamos que gostem de realizá-lo, assim como gostamos de elaborá-lo!

 

OBJETIVOS

Criar condições para que os alunos:

  • Estudem os efeitos da pandemia em diversas áreas da sociedade;
  • Se aprofundem no estudo de temáticas com as quais se identifiquem;
  • Reflitam sobre o que se transformou e o que deveria permanecer como ganho social;
  • Interajam com colegas de diferentes séries;
  • Compartilhem o que aprenderam de forma criativa.

 

TEMAS A SEREM TRABALHADOS

TEMA: Economia e Política | Professores: Eliane e João Gabriel

A COVID-19 vem atacando, de forma grave e indiscriminada, diferentes indivíduos, mas também, pegou em cheio o corpo econômico da nossa sociedade, transformando em crise respiratória aguda vários desafios que já eram conhecidos por nós. Especula-se, por exemplo, que a logística da produção de “commodities” agrícolas (ações do agronegócio) esteja por trás do surgimento dessa e de outras pragas que têm atacado nossa forma de viver. Inclusive, para muitos, é justamente essa forma de organizar a economia a raiz do problema. Aqueles que puderam se proteger em suas casas, praticando o distanciamento social, assistem aos milhares que tiveram que garantir o funcionamento da economia em geral e dos serviços das metrópoles, evitando que a quebradeira não fosse maior ainda. Para esses trabalhadores, que não puderam se dar ao luxo de levar seu escritório para dentro de casa, o medo de desemprego, o aumento da informalidade e a desregulamentação do trabalho motivaram a economia do risco. Afinal, trabalho e desigualdade são marcas desse corpo econômico e social chamado Brasil. Fica cada vez mais evidente que não haverá vacinas rápidas, e que as respostas políticas demorarão, tanto quanto a medicina, na formulação de saídas individuais e coletivas para essa enfermidade. Mas, de alguma forma, os Estados são forçados a reagir e, com maior ou menor grau de eficiência, apresentam tratamentos com o objetivo de cuidar da doença e da sociedade que seguirá após a pandemia. Iremos discutir os desafios impostos ao moribundo corpo econômico neoliberal, agora vitimado por um perigoso vírus. E, num esforço de formular um painel comparativo, analisar o receituário político que está sendo elaborado no Brasil e no mundo para tentar sanar os males agravados pela COVID-19. Algumas questões: Quais políticas públicas têm sido formuladas, no Brasil e no mundo, para diminuir os efeitos sociais econômicos do Coronavírus? Qual a responsabilidade do Estado frente à pandemia e suas consequências? Necropolítica e novas formas de trabalho: que herança nos cabe deste latifúndio? Salvar vidas para salvar a economia ou salvar a economia para salvar vidas? O que é preciso fazer para que possamos sair de casa? Vamos encontrar o mesmo mundo após o isolamento em massa? Quais os desafios políticos e econômicos brasileiros que serão agravados pelo Coronavírus?

 

TEMA: Ciências, Saúde e Tecnologia | Professores: Helika, Renata e Roosevelt

O combate à pandemia impulsionou muitos trabalhos científicos, fomentou avanços tecnológicos e reforçou a importância de estruturas sociais capazes de detectar, testar e tratar os casos da doença. A busca de informações sobre o tema impulsionou a divulgação científica e as fake news. O isolamento social exigiu a adoção do ensino remoto, mediado por tecnologias. A proposta de nosso grupo é de que vocês investiguem algum tema das áreas de Ciências, Saúde e Tecnologia, de maneira crítica, mas buscando também aspectos positivos que mereçam ser destacados e mantidos após a pandemia.

TEMA: Tratamento da Informação | Professores: Cecília e Ricardo

O acesso à informação é considerado um dos pilares que sustenta as democracias. Recentemente, informação deixou os meios tradicionais da televisão, rádio e jornal impresso e passou a ocorrer em larga escala em meios digitais. Nesse processo, a informação se descaracterizou, mimetizando as formas da propaganda e da piada, e hoje não se diferencia facilmente de memes, fake news, boatos e casos curiosos. A matemática e sua aplicação tecnológica na programação tornaram-se ferramentas cruciais para a disseminação de informação e desinformação. Os algoritmos e o desenvolvimento da inteligência artificial são utilizados para personalizar e organizar o acesso a conteúdos de informação e também como auxiliares em decisões judiciais, na seleção de pessoas para vagas no mercado de trabalho, no mercado de imóveis e outros produtos. Como o isolamento social agiu sobre esse estado de coisas? O que foi acirrado? O que se perdeu? O que apareceu de bom nesse cenário? O que deve ser mantido? O que será descartado?

 

TEMA: Educação | Professoras: Luciana e Moira

A discussão sobre o uso de tecnologia na educação não é nova. Sempre foi colocada como um recurso que viria a ampliar a aprendizagem dos estudantes, diversificando as estratégias de ensino e, assim, tornando-os mais motivados e engajados. Com a pandemia, as escolas não tiveram escolha: todas precisaram colocar o uso de tecnologia em prática. Agora, vivenciando esta experiência pontual, mas intensa, é possível avaliar quais são as vantagens do uso de recursos tecnológicos no ensino, quais são suas possibilidade e seus limites, e refletir sobre como poderá ser o retorno, provavelmente bem gradual, às aulas presenciais, observando as experiências de outros países e culturas em busca de inspiração para os desafios específicos do Brasil, especialmente na educação pública.

 

TEMA: Meio Ambiente | Professor: Antônio Carlos

Nesse período de quarentena, no qual o isolamento social se mostra o mais eficiente combate ao avanço da COVID-19, temos oportunidade de observar as consequências de nossas ações sobre o planeta. Nunca antes foi possível parar as atividades econômicas e o ritmo frenético das grandes cidades e ver o que aconteceria com a fauna, a flora e demais elementos da natureza. O Coronavírus nos possibilitou isso! Portanto, cabe a nós, que estamos enclausurados em nossos lares, buscar entender essas mudanças, para compreender o que realmente precisamos e como poderemos transformar a nossa sociedade, para vivermos melhor, sem causar tanta destruição ao meio ambiente.

 

TEMA: Cultura | Professores: Andrea, Cristina, Gilberto, Lauren

O isolamento e a crise econômica relacionados à pandemia colocaram em evidência o papel sociopolítico da produção cultural – fundamental para simbolização de identidades e elaboração das condições de vida das populações -, tanto pela ausência de políticas culturais que pudessem propor modos de sustentação de atividades culturais, quanto pelo surgimento de iniciativas inusitadas disparadas pelas limitações atuais de convívio em espaços públicos. Nesse sentido, quais estratégias podemos verificar – nos âmbitos global e local – que podem significar a abertura de caminhos e desdobramentos para o que antes parecia estabelecido e sem contestação no campo cultural? Como o compartilhamento do espaço doméstico está sendo afetado, considerando que há maior evidente interação entre o público e o privado? Quais estratégias e alternativas de produção cultural surgiram na região periférica da cidade de São Paulo e quais os contrastes com a produção e consumo de cultura  da classe média?

 

CRONOGRAMA

05/06 – 11h15 – Apresentação do Projeto pelos professores e indicação de interesses pelos alunos.

10/06 (à tarde) – Divulgação dos grupos de alunos que trabalharão cada um dos temas.

16-17-18/06 (3ª, 4ª e 5ª feira) – 11h30 às 13h – Grupos reunidos com os professores para desenvolvimento do trabalho.

19/06 (6ª feira) – 9h às 10h30 – Grupos reunidos com os professores para desenvolvimento do trabalho.

23-24/06 (3ª e 4ª feira) – 9h às 11h15 e 11h45 às 13h – Apresentações/Socialização dos trabalhos realizados e avaliação deles pelos educadores.