Augusto Neves Tavares

Augusto Neves Tavares nasceu em Portugal e veio para o Brasil com apenas 9 anos, junto de sua mãe e de seus três irmãos. Seu pai já estava no Brasil e pagou a passagem para sua família vir de navio.

Vieram para o Brasil porque a fazenda de seu pai, de produção de azeite, tinha pegado fogo, pois o azeite é um líquido inflamável. Com o incêndio, seu pai tinha contas para pagar, então, ele se mudou para o Brasil. O pai de Augusto foi o primeiro a chegar ao Brasil, depois veio sua família. Além de ser um fazendeiro, ele era um artesão, que abriu uma loja de roupas, o que não gerou muito dinheiro, pois na mesma época em que ele abriu sua loja, o Mappin (uma loja de roupas mais famosa e conhecida) abriu também e tinha mais clientes.

Sua viagem de navio durou 20 dias. Ele não comeu por muito tempo, pois o navio era italiano e tinha um tempero que ele não gostou,. Augusto conta que também que ele foi “salvo” perto de Ilhéus, quando um mergulhador trouxe cestas de frutas para o navio. Os “viajantes” jogam uma moeda no mar, o “ilhéu” mergulha e pega a moeda com a boca e mostra para os “viajantes”, claro que fica uma festa o navio inteiro.

Augusto trabalhou com computadores, daqueles que ocupavam uma sala inteira, e tinha que ter o ar-condicionado ligado 24 horas. Ele acha incrível que, mais ou menos depois de 30, 40 anos, um notebook pode fazer o mesmo trabalho de forma mais rápida. E pensar nisso é surpreendente, pois eu nunca imaginaria que esses computadores já existiram e eu nunca ouvi falar sobre eles.

O que ele acha sobre a tecnologia, é que ela é boa e também é ruim. A parte boa é que você não “perde” mais tempo na sua vida, pois pagar contas você faz no celular e não tem que ir até o banco, por exemplo. Porém, a parte ruim da tecnologia é que você vira um escravo disso, você sempre está com o seu celular, sempre olhando para ele, você não sabe mais o que fazer se você não está com ele. Isso é o que o entrevistado acha e eu concordo com isso. Mas claro que ele está exagerando sobre isso, a parte da tecnologia ser ruim.

Ele também fala sobre o ouro que Portugal “roubou” do Brasil. Mas se Portugal não tivesse pego esse ouro, nós, os brasileiros, talvez nunca teríamos ouvido falar sobre esse ouro, pois o governo brasileiro teria pego e nós não nos daríamos conta. Sobre isso que o Augusto falou, pode ter razão, então é bom sempre ter um outro ponto de vista, para nos darmos conta de que tudo não é, necessariamente, do jeito que pensamos e vemos.