Maria Thereza Lanari do Val

Maria Thereza Lanari do Val, nascida em 1926, conta a história de seu bisavô português e de outros dos seus antecessores.

Logo no início do séculoXX , o jovem rapaz foi mandado para o Brasil através de uma longa viagem de navio e acabou por atracar no porto do Rio de janeiro.

Ela nos conta que o motivo da partida do menino de apenas 8 anos de idade, para terras brasileiras, foi por causa de complicações de relacionamento com seu padrasto; ele veio morar com seu padrinho, mas assim que chegou, descobriu que seu padrinho havia voltado para Portugal. Sem ter ninguém para cuidar dele, um homem português com o sobrenome Bressane se ofereceu para cuidar do garoto em suas terras em Minas Gerais.

Os anos se passaram e ele, já adulto, se casou com sua irmã postiça, filha de Bressane. Após o casamento, vieram para são Paulo.

Assim que chegaram de Minas Gerais, o casal resolveu montar um pequeno armarinho para comércio de produtos para corte e costura.

Juntos, tiveram, dentre várias filhas, um menino que se chamou Pedro França Pinto, que viria a ser o avô da Maria Thereza. Ele foi farmacêutico, delegado e depois diretor da Antártica.

Seu bisavô, Lino Gonsalves Perez, por parte de mãe, era filho de espanhóis e morava no Paraguai, onde se casou com uma índia.

Quando houve a separação da banda oriental (independência do Uruguai em relação ao Rio Grande do Sul e a atual Argentina), seu bisavô, Lino Perez, resolveu vir para o Brasil; aqui se casou com uma brasileira chamada Antônia Melia Neves, e tiveram treze filhas e três filhos.

Ela diz que já foi para Portugal, mas nunca teve vontade de morar lá.

Da parte de sua mãe materna, todos eram fazendeiros que chegaram na época de Dom João VI, príncipe de Portugal e do Brasil.