Décio Kerr de Oliveira

Décio Kerr de Oliveira é neto de imigrantes italianos e americanos e, nesta entrevista, fala sobre seus avós maternos. Décio é meu avô.

Ele conta a história de Emílio e Hermínia, sendo que Hermínia veio da Itália ao Brasil com 1 ano de idade. Décio nos diz que os pais de Emílio, Warwick Stephen e Emma Ottilie, eram americanos e imigraram para o Brasil por causa da Guerra de Secessão e, como eles eram sulistas e a situação estava ficando cada vez pior para eles, vieram para o Brasil em busca de refúgio e de emprego. Já no caso de Hermínia, Décio não sabe o porquê de ela ter emigrado da Itália; ele apenas diz que a imigração condiz com o período em que a Europa estava passando entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Ele diz que na época, provavelmente, existia um programa de incentivo para emigração ao Brasil.

Décio nos conta que Emílio foi um pastor protestante e que trabalhou na Light sua vida toda. Ele diz que, mesmo que seus pais tenham sido agrimensores, Emílio nunca trabalhou na área da agricultura.

O entrevistado conta uma história de sua mãe: Hermínia teria encontrado Dom Pedro II andando pelas ruas do Rio de Janeiro e conversado com ele.

Décio nos diz que ele aprendeu com seus avós o valor do esforço e do trabalho, sendo que isso sempre foi um pensamento muito recorrente em sua vida.

Falando um pouco sobre o entrevistado, Décio se formou em Medicina na USP e trabalhou como médico sua vida inteira, nunca tendo feito nenhum outro trabalho. Ele diz que a tecnologia foi essencial para sua carreira e importantíssima para a evolução da medicina no decorrer do século XX. Ele diz que foi uma revolução! Décio também nos fala sobre sua infância. Ele diz que passou toda sua infância no interior de São Paulo, vivendo em um sítio. Ele se diz: “um menino da roça”. Ele fala um pouco sobre as brincadeiras no sítio e que a criançada hoje em dia não faz mais, porém deveria fazer.