O papel das histórias de vida na construção da História

Disciplina Projetos - 9° Ano

 

Nina Rebouças Meneses

Entrevistado(a)

 

Nina Rebouças Meneses, de 75 anos, foi com seus dois filhos mais velhos de Natal, no Rio Grande do Norte, para o Rio de Janeiro, pouco depois de se separar do seu primeiro marido. Ela escolheu esse destino, pois sua mãe já morava lá e tinha uma “vida boa”; minha avó queria tentar a sorte na antiga capital do Brasil.

Nina diz que, para ela, sua vida melhorou com sua migração. Ela tinha uma rotina muita pacata, nunca se preocupou com assaltos, nem trânsito, coisas que, segundo as notícias atuais sobre a “Cidade Maravilhosa”, a preocupam.

Segundo ela, chegando lá, conseguiu uma oportunidade de emprego, mas seu pai a proibiu de trabalhar, disse que ela deveria ficar em casa e ajudar a cuidar dos filhos e não se preocupar, que do dinheiro ele cuidava. Desde então, não trabalhou mais.

Para ela, esse não foi o único ponto positivo de sua mudança. No Rio de Janeiro, conheceu seu segundo “amor”, Aécio Guimarães Meneses, um chefe da engenharia mecânica nascido no Maranhão. Com ele teve mais dois filhos, e “cinco maravilhosos netos”. Ela e Aécio continuam juntos até hoje.

Ela diz também que a tecnologia está presente de uma forma muito positiva na vida dela; a internet permite a sua comunicação com suas ex-colegas, que conheceu na escola de freira que frequentou. Elas conversam quase todos os dias via WhatsApp.

Seu estado de origem ainda está muito presente em sua vida. Segundo ela, sua forma de falar meio arrastada e suas comida preferidas, quase todas típicas de festas juninas, são heranças do seu passado. Mas Nina deixa bem claro que não quer voltar para o Rio Grande do Norte; “daqui para frente”, ela não olha para trás.

NINA, AOS 28 ANOS, COM SEU SEGUNDO MARIDO, EM UM DOS NAVIOS EM QUE MEU AVÔ VIAJOU/TRABALHOU

NINA, COM 27 ANOS, EM CASA

 

Colégio Equipe 2019 ©