O papel das histórias de vida na construção da História

Disciplina Projetos - 9° Ano

 

Fabio Costa Carvalho Moretzsohn de Castro

Entrevistado(a)

 

O entrevistado foi o meu avô, Fabio Costa Carvalho Moretzsohn de Castro. Costa Carvalho é da parte da minha bisavó e Moretzsohn de Castro do meu bisavô. Nasceu em São Paulo, 17 de setembro de 1930, na época em que Getúlio Vargas se tornou presidente do Brasil, ele era um ditador, mas durante sua infância, nos anos 40, a vida do país era mais tranquila do que é hoje. Segundo ele, não existiam problemas de segurança, era um país melhor para viver.

Passou a infância com a família, tinha cinco irmãos. Minha bisa ficou viúva quando ele tinha apenas três anos. Fabio começou a estudar em uma escola particular, onde fez o primário e, depois, foi para o Ginásio do Carmo, dos irmãos Maristas, onde fez o ginásio e o colégio como eram chamados o ensino fundamental e o médio naquela época. Quando terminou o colegial, fez vestibular para Faculdade de Direito, onde se formou como advogado e, em seguida, fez carreira de juiz.

A vida dele foi boa, pois na época as condições de vida eram boas para ele e para a família. Começou a estudar Direito, tinha 18 anos, e ainda estudante, ele fez um concurso para o banco de Brasil, onde trabalhava no banco para ajudar a família, com contas da casa e etc. Se aposentou na Magistratura aos 58 anos e passou a advogar. Porem, depois de três anos, parou de trabalhar, mas ainda está inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

A infância de Fábio foi bem diferente da atualidade, porque na época não tinha televisão, celulares ou meios de comunicação que não fossem as conversas entre as pessoas. As crianças brincavam na rua e, se encontravam em casa, pois a vida era bem mais tranquila do que é hoje. A sua infância foi compartilhada com os primos, vizinhos, família e amigos, em Perdizes. Nas festas e comemorações as crianças brincavam bem mais do que brincam hoje em dia.

A tecnologia ajudou em vários aspectos, no trabalho dele era muito necessário fazer várias pesquisas e só as faziam em livros, havia reuniões, palestras, e com a evolução do meio de comunicação tornou-se mais fácil de fazer pesquisa, por conta de internet.

Fabio não moraria fora do país, pois sempre teve suas raízes, sempre gostou muito daqui, embora ele tenha observado em viagens que existem muitos outros lugares agradáveis para morar. Ele é neto de Imigrante, mais ou menos nos anos de 1910 ou 1920, o avô dele era alemão.

Na infância, os imigrantes tinham oportunidades de trabalhos, era muito comum encontrar estrangeiros, trabalhando em fabricas, comércios, serviço doméstico, era muito comum que as crianças tivessem babas que eram estrangeiras.

Ele não sabe dizer se em outros lugares tinha um preconceito com imigrantes, mas onde morava, não existia, havia intercâmbio de informações, trabalhos acessíveis para eles etc. O que existia e ainda existe, é o preconceito de etnia, mesmo tendo campanhas contra o preconceito, ainda existe, mas ele acha que era em um grau maior na época em que ele era jovem.

 

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