Chamada Geral 2024 – 7º ano

Chamada Geral 2024– 7º ano

Escola, Arte e Cultura

Data: sábado, dia 23/11
Horário: das 9h às 12h
Locais: Salas 13 e 14, corredor do 1º andar.

 Esse encontro constitui um importante momento de apresentações, exposições e socializações de produtos e sínteses finais dos trabalhos do 7º ano, relativos à aprendizagem em diferentes áreas.

Estudos coreográficos!

 Horários
● 7ºA: 10h15
● 7ºB: 11h15

Todo trabalho cênico tem como fundamento aprender a se fazer acordos e realizá-los de modo coletivo no tempo presente. Por isso, durante todo ano, os alunos do 7º ano estudaram a linguagem da dança– sua história, sua estrutura e seus modos de produção de sentidos- e experimentaram práticas e jogos, tendo o corpo e o movimento como base para dialogar e criar. Aprender a escutar, a agir e a tentar de novo- foi isso o que estudamos durante nossos encontros. Como modo de partilhar um pouco desse processo, cada turma vai apresentar duas composições em dança: uma ensaiada e outra improvisada. Assim, convidamos vocês para estarem conosco em mais um passo de nossos estudos!

Professor responsável: Caio Paduan

 Revista Ponha-se no seu lugar!, finais alternativos

O processo de construção de uma narrativa pode partir de diferentes princípios, para nós do 7º ano o ponto de partida foi a leitura e discussão de uma narrativa pré existente. O  livro Ponha-se no seu lugar! de Ana Pacheco começou a ser lido no começo do ano, ainda em fevereiro. Entre momentos de leituras discutidas em sala e momentos de leitura individual, fomos desmembrando os capítulos um a um para que pudéssemos compreender que personagens estavam ali e quais eram os temas que ali se apresentavam.

O livro de Nikolai Gogol, O Nariz, aparece como pano de fundo de toda a história. A escritora parte desta narrativa para construir uma releitura adaptada ao universo adolescente, assim, ao invés de um funcionário público temos um aluno de ensino médio que um dia acorda e percebe estar sem nariz. Lucas, enquanto um menino abastado e popular na escola, vê seu universo virando do avesso quando vai ao espelho pela manhã e se dá conta da transformação de seu rosto.

Se antes sua maior preocupação era saber se ele conseguiria se mudar do seu quarto para uma suíte maior, naquela manhã o seu problema se torna muito maior. Enquanto isso, Zizo, seu inimigo, encontra o nariz no meio de seu pão de queijo e o joga no lixo. A surpresa se torna ainda maior quando, andando pelo colégio com a maior intimidade com os funcionários e demais alunos e alunas, o Nariz aparece de jaqueta de couro e conquista o coração de Florinha, a garota mais bonita e rica da escola, que Lucas queria namorar. Decidido a ter sua vida de volta, o menino vai até o Nariz e manda que ele “Ponha-se no seu lugar!”.

Após alguns confrontos e conflitos, mas antes de saber o final definido pela autora, o 7º ano interrompeu a leitura e, individualmente, escreveu uma proposta de final alternativo.

A cada capítulo que era lido íamos desmembrando e identificando as discussões que ali apareciam. Em paralelo, também analisamos questões estruturais do texto como a diferença do arco narrativo dos personagens; a diferença entre protagonista, antagonista e coadjuvante; quais são os possíveis tipos de narrador, entre outras discussões. Estas conversas foram importantes para apoiar a escrita posterior, deixando nossos autores mais seguros e conscientes.

O processo de escrita se deu em algumas partes, começamos fazendo um esqueleto de escrita, organizando as ideias que guiariam a escrita. Depois veio uma primeira versão escrita à mão, os textos foram trocados entre duplas, que fizeram comentários, elogios e sugestões de alteração.

Com todas as primeiras versões escritas, chegou a hora de encontrarmos a autora para uma conversa sobre o texto. Cada um e cada uma selecionou perguntas que gostariam de fazer e, depois de contar um pouco sobre sua história e o processo de escrita do livro, Ana Pacheco respondeu às perguntas propostas pelas turmas. Foi um encontro delicioso em que foi possível acompanhar o encantamento das crianças e da Ana.

Tendo cada vez um repertório mais rico e uma apropriação maior do livro, foi chegada a hora de retomar a escrita. As crianças digitaram seus textos e alteraram se assim desejaram e foi a hora de enviar o texto para a revisão da professora. Cada uma das produções foi lida, comentada e recebeu sugestões de alteração e depois de revista foi enviada para a revisão externa final para chegar ao momento da sua leitura.

Assim, a produção que agora está em suas mãos é o resultado deste processo que começou ainda no começo deste ano e tem como seu produto esta revista.

Como professora, foi muito enriquecedor poder acompanhar cada fase deste processo de construção. É muito encantador como é possível reconhecer um pouquinho de cada criança com a escolha de seus traços e percursos narrativos. Nossos pequenos autores e nossas pequenas autoras fizeram um trabalho com muita dedicação e empenho. Desejamos que você possa ler e se divertir tanto quanto cada um e cada uma de nós aproveitou e se divertiu neste processo.

Acesse sua revista, sente-se confortavelmente e abra espaço para descobrir as mais criativas alternativas para o final de uma mesma história.

Boa diversão!

Professora: Daniela Lacerda

Plantas na Cidade

 Com o intuito de orientar o olhar das crianças para as plantas no nosso entorno, foi realizado um trabalho de pesquisa, no segundo semestre de 2024, para a disciplina de Ciências. Cada estudante escolheu plantas próximas à sua moradia ou ambiente de vivência. Desenhos e aquarelas com cores primárias foram realizados como exercício de olhar intencional e composição cromática.

A anatomia das plantas, sua reprodução, classificação, a relação com o entorno, entre outros conceitos do campo da biologia, foi trabalhada para a produção dos desenhos e interpretação das informações pesquisadas.

Cada aluno pôde fazer escolhas estéticas e definir materiais para a apresentação dos conteúdos em belos cadernos ou pastas.

Venham conferir!

Professor responsável: Lucas Pessoa

 BANDEIRAS- Território, identidade e projetos de futuro

Bandeiras são objetos simbólicos e identitários. Seu uso é tão antigo quanto diverso. Representaram reis, exércitos, povos e territórios ao longo do tempo. Foram usadas também para representar grupos religiosos e simbolizar projetos culturais, de invasão e dominação, inclusive. Há bandeiras comerciais e bandeiras náuticas que servem para sinalizar e identificar as trocas e os mercadores. A cultura popular brasileira também produz estandartes e bandeiras, se apropriando desses símbolos de poder, dando-lhes um novo sentido de identidade de um grupo, um pavilhão. Há bandeiras nas festas de santos, nos cortejos e no carnaval. As bandeiras são símbolos de protestos e de ideais políticos, carregam sonhos, utopias e desejos de mudança.

As bandeiras nacionais do nosso tempo são também uma síntese desses processos históricos. Expressam, em larga medida, a formação dessa ideia de identidade nacional, agregadora de diferenças em prol de uma unidade, a relação povo-nação. Muitas vezes, as bandeiras nacionais são também continuidades, modernizações de símbolos antigos. Não faltam exemplos de bandeiras com brasões medievais e alusões às casas reais europeias. Mesmo a bandeira republicana brasileira é uma continuidade do seu passado colonial e português.

Neste sentido, essa unidade pretendida pelas bandeiras nacionais, muitas vezes, não dá conta de identificar e representar a diversidade de um país, de sua história e dos povos que o compõem. Fomos buscar inspiração em bandeiras indígenas sul-americanas como formas de criticar, reconstruir e reposicionar a ideia de nacionalidade ligada a um único grupo étnico cultural. Assim, a bandeira Mapuche, Wenufoye e a bandeira andina, Whipala, nos serviram de ferramentas para pensarmos que bandeiras gostaríamos de fazer para representar a nós e o Brasil que queremos.

Artistas plásticos de diferentes lugares do Brasil também compuseram as fontes de pesquisa, inspiração deste projeto. Abdias do Nascimento, Breno Loeser, Bruno Batistelli, Denilson Baniwa, Dnego Justino, Gustavo Caboco, Guga Shabzon, Hal Wildson, Juh Almeida, Leandro Vieira e outros tantos se dedicam a pensar também em bandeiras e temáticas que se aproximam as nossas.

Como trabalho de síntese, as bandeiras aqui apresentadas são também resultado de uma investigação feita ao longo do trabalho de campo. Partindo da questão problema- Coletividade e território: como resistir e florescer na cidade de São Paulo?- fomos conhecer o extremo sul da cidade de São Paulo, nas regiões de Parelheiros, Ilha do Bororé e Marsilac. Nesse processo de investigação, queríamos conhecer um pouco da relação das pessoas com os seus lugares de vivência, as diferentes formas de ocupação da zona sul de São Paulo e como os coletivos se organizam para viver melhor e defender seus territórios.

Para tanto, visitamos a aldeia Guarani Tekoa Kalipety, em Parelheiros e conhecemos um pouco dos desafios da preservação da cultura indígena e do modo de vida Guarani, chamado por eles de Nhandereko. Também estivemos na Ilha do Bororé, visitando 3 coletivos de educadores que articulam iniciativas culturais e de preservação do meio ambiente nas margens da represa Billings. Com esses grupos, na Casa Ecoativa, pudemos explorar as formas de ocupação das franjas da cidade e as relações entre cidade, ambiente, cultura, juventude e ecologia.

O produto final proposto aos estudantes é uma releitura da bandeira municipal de São Paulo, marcada pela memória bandeirante e colonial da cidade. Os resultados são expressões da visão de mundo dos nossos alunos e suas críticas à realidade social e política que conheceram no trabalho de campo. As bandeiras que vocês podem ver aqui neste espaço são a síntese do processo de trabalho, representando os esforços coletivos dos diferentes educadores e estudantes dos sétimos anos. Aprofundando nossa diretriz de que nos move na direção de aprimorar as diversas formas de estudar, procuramos desenvolver um trabalho que pudesse ser, ao mesmo tempo, uma síntese das reflexões e problemas levantados nos cursos e no trabalho de campo, como também uma proposta criativa.

Professores responsáveis: Ana Luiza Guarnieri, Daniela Lacerda, Caio Paduan, Giovana Luz, João Gabriel Priolli, Lucas Pessoa, Mariana Doneux e Pedro Arneiro.

 A cidade real e a cidade ideal

 O curso do 7º ano propõe uma ampliação do conhecimento e da reflexão dos estudantes sobre o mundo à sua volta. Desta forma, as propostas dos cursos de Geografia, História e Ciências abordam a relação entre natureza e sociedade. Dentre as discussões promovidas está a problematização e análise de como o ambiente embasa a produção de uma cidade.

Em História os estudantes se debruçaram sobre a formação do mundo ocidental e europeu, desde suas raízes culturais no antigo Império Romano, no mundo bárbaro e medieval, até a expansão marítima e comercial do início da era moderna. Neste sentido, uma pergunta unia os conteúdos dessa disciplina: como diferentes contextos históricos produziram diferentes cidades? Para encontrar a resposta foram analisadas suas funções econômicas, suas desigualdades sociais e suas noções de urbanismo.

Em Geografia os estudantes foram convidados a pensar o relevo no cotidiano, identificando topos de morro, vertentes e baixadas nos seus trajetos pela cidade. A partir desse olhar atento para o relevo, uma outra componente foi analisada, a água em estado natural, ou seja, as nascentes, os rios e os córregos, que em algumas partes da cidade de São Paulo são invisíveis aos olhares distraídos. A interação entre água e relevo foi analisada a partir da bacia hidrográfica, essa unidade territorial que nos permite pensar estrategicamente como os fluxos de água, seja da chuva, seja dos rios, fluem pelo relevo, das partes mais altas para as áreas mais baixas, e quais soluções urbanas vêm sendo aplicadas na nossa cidade.

Os pontos em comum das discussões em História e Geografia foram a análise dos desafios enfrentados pelas cidades atuais, na maneira como são produzidas, e também pensar/sonhar soluções para uma nova forma de fazer a cidade, com qualidade de vida urbana e ambiental para a população e preservação do meio ambiente.

A partir daí foi lançado o desafio de construir a maquete de uma sub-bacia paulistana e produzir uma nova cidade sobre ela. Uma cidade ideal, ou seja, um espaço urbano para o pleno desenvolvimento de uma vida com dignidade e que possibilite o exercício da cidadania. Por isso, cada espaço foi pensado para uma funcionalidade, os equipamentos públicos, as vias de acesso e a ocupação humana de forma integrada aos cursos dos rios e ao desenho da superfície. Aqui vocês irão conhecer a cidade ideal planejada pelas turmas do 7º ano nas bacias dos córregos: Morumbi, Pacaembu, Solo Sagrado, Aclimação, São Martinho e Zavuvus.

Professores responsáveis: Giovana Luz, João Gabriel Priolli e Pedro Arneiro.

 Retratos: em busca do próprio tom de pele

Ao longo deste semestre, os estudantes do 7º ano puderam se aprofundar no estudo da figura humana por meio dos retratos, importante gênero para a história das Artes Visuais, utilizando linguagens como o desenho e a pintura.

Entre outros estudos sobre retratos produzidos por artistas, partimos também da leitura da obra ‘Polvo’ da artista Adriana Varejão. A obra nasce através da associação entre a pesquisa de Varejão sobre tintas para pintar a pele em suas obras, e a leitura de um censo realizado pelo IBGE em 1976, que revela que, quando indagada sobre a sua cor de origem, a população chegou a nomear até 136 cores diferentes.

Tendo em mente uma gama de possibilidades cromáticas, a série de autorretratos que veremos nesta mostra foi feita em pintura em aquarela a partir do registro fotográfico do retratado, uma selfie. Lançando um olhar cuidadoso para as formas, tentando respeitar ao máximo suas proporções e investigando profundamente as cores, os estudantes do 7º ano tiveram o desafio de tentar reproduzir o seu próprio tom de pele. Partiram de cores básicas como vermelho, amarelo, azul e verde, e foram criando tons que se aproximavam dos tons reais de suas peles. Assim, descobriram uma infinidade de possibilidades cromáticas.

Por meio dessa minuciosa observação, os estudantes puderam também se deparar com eles mesmos, com os outros e com as características que nos fazem únicos.

Professora responsável: Ana Luiza Guarnieri

Apresentação Ensino Infantil Ensino Fundamental I Ensino Fundamental II Ensino Médio
GI Manhã
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1° Ano Tarde
2° Ano Manhã
2° Ano Tarde
3° Ano Manhã
3° Ano Tarde
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