Aos alunos, familiares e funcionários,
Dando continuidade à priorização de ações de prevenção contra doenças contagiosas na nossa comunidade escolar, consideramos importante destacar as orientações das Secretarias Municipal e Estadual da Saúde relativas ao surto de sarampo presente, neste ano, na nossa cidade, no nosso país e em todos os continentes.
Em dados do dia 31 de julho de 2019, foram registrados 632 casos de sarampo no Estado de São Paulo, sendo 484 na capital.
Nossa preocupação se deve ao fato de que, em alguns casos, o sarampo pode ser uma doença grave.
Seguem algumas informações que podem colaborar para que nossa comunidade conquiste imunidade e cumpra a função social de impedir a continuidade e o alastramento do contágio.1
O sarampo: descrição, contágio, sintomas e tratamento
O sarampo é uma doença causada por um vírus, altamente contagiosa.
A transmissão se dá pelo ar quando o doente respira, fala, tosse ou espirra, principalmente em ambientes fechados. Os sintomas aparecem cerca de oito a 12 dias após a exposição de uma pessoa ao sarampo.
Uma pessoa com sarampo pode transmitir a doença para outros cerca de cinco dias antes até cinco dias depois de sua erupção cutânea aparecer. Desta maneira, não é possível se determinar quando a exposição ao vírus poderá ocorrer naqueles que tiverem contato com um doente.
O primeiro sintoma geralmente é febre alta, que dura de quatro a sete dias, acompanhada de coriza, tosse e olhos avermelhados ou conjuntivite. Manchas avermelhadas na pele surgem dois a três dias após a febre começar e duram cerca de cinco a seis dias. As manchas não coçam e geralmente aparecem na cabeça e progridem para braços, tronco, abdome e pernas. Posteriormente secam e descamam.
O sarampo pode ser acompanhado de complicações sérias, como diarreia, infecções no ouvido, pneumonia ou encefalite aguda, principalmente em crianças menores de cinco anos, adultos maiores de 20 anos, pessoas com algum grau de imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade.
Não há tratamento específico para o sarampo. A recomendação costuma ser de repouso, ingestão de líquidos e controle da febre, além de tratamento para as possíveis complicações.
Prevenção
A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba (SRC).
Estudantes do Ensino Fundamental, Médio e Superior e os profissionais da educação atualmente estão definidos como grupos de risco, para os quais a recomendação é vacinar todas as pessoas.
Sugerimos que todos procurem seus médicos de confiança ou postos de saúde para avaliação e atualização da carteira de vacinação.
A vacina encontra-se disponível em todas as Unidades de Saúde do Estado.
A escola está orientando os seus profissionais com relação a estas atitudes preventivas, como também para que reforcem as medidas de higiene do ambiente.
O que fazer em caso de contágio
O paciente com sintomas deve:
- evitar o contato com outras pessoas até que possa ser avaliado por um profissional da saúde;
- procurar imediatamente serviço médico;
- manter isolamento social, evitando o contato desnecessário com outras pessoas que possam não estar protegidas por vacina.
Todo caso suspeito de sarampo deve ser reportado imediatamente à Secretaria da escola para as providências cabíveis, incluindo a notificação para a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
A notificação de casos deverá gerar, como medida da Secretaria Municipal da Saúde, a vacinação de bloqueio, que tem por objetivo aumentar rapidamente a imunidade da população, de maneira a interromper a transmissão e diminuir a extensão e a duração do surto. Esta é uma ação que abrange os locais frequentados pelo caso confirmado nos últimos sete a 21 dias, incluindo domicílios e estabelecimentos coletivos, como escolas, e todo o quarteirão, área residencial ou bairro, se necessário, pela vacinação de todos os expostos.
Contamos com o cuidado de todos para a manutenção de um ambiente saudável e seguro para nossas crianças e jovens.
Atenciosamente,
Coordenação do Colégio Equipe
1 Fontes: O que você precisa saber sobre o sarampo?; Equipe técnica da DDTR/CVE/CCD/SES-SP, São Paulo, Brasil; Medidas de controle: Sarampo/Rubéola, Equipe Técnica da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória/CVE/CCD/SES-SP e da Divisão de Imunização/CVE/CCD/SES-SP, maio de 2019, São Paulo, Brasil; Casos confirmados de sarampo: Cenário Global, 2019, Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac, Governo do Estado de São Paulo.